Sônia Mara Dourado Martins
Pedagoga graduada pela Universidade do Estado da Bahia-UNEB
Atualmente cursando licenciatura em Historia pela UNEB-Campus
XVI-Irecê-Ba
“O homem vive em sociedade e só pode assim viver; a sociedade
mantém-se apenas pela solidariedade que une seus indivíduos”. Leon Duguit
(1859-1928):
Homem na Sociedade;
a sociedade no homem.
O homem sem duvida alguma é um ser
eminentemente social. A todo instante se agrupam, une-se a seus semelhantes, se
relacionam para atenderem à satisfação de seus anseios e necessidade de
conseguirem os fins almejados e também para satisfazer suas necessidades
materiais, por meio de vínculos das mais variadas natureza: econômica,
política, sociais, culturais, familiares, religiosos, educacionais, etc, ou
seja, é capaz de conviver em grupos sociais. “Cada sociedade produz o homem de que necessita”.
Trazendo consigo a possibilidade da
criação de inúmeras limitações que em certos momentos e determinados lugares
chegam afetar a própria liberdade humana. A pessoa age em sociedade dentro de
sistemas cuidadosamente definidos de poder e prestígio.
Como já dizia Rousseau: “O homem é bom
por natureza. É a sociedade que o corrompe.”... entre o que se quer e o que se
tem. (Jean Jacques Rousseau, 1712-1778)
Como já
vimos o homem é um ser totalmente social, por isso, é praticamente impossível
negar as diferenças individuais entre os sujeitos de uma determinada cultura,
assim como a variabilidade dos indivíduos de diferentes grupos culturais. (A Origem Da Singularidade Do Ser Humano. Análise Das Hipóteses De
Educadores À Luz Da Perspectiva De Vygotsky.)
A constatação da singularidade humana, observável
inclusive pelo senso comum, levanta o problema da origem destas diferenças.
Para a educação, o problema se coloca de outra forma: o que fazer com as
diferenças encontradas?
Uma visão de homem e de mundo revela, mais
particularmente, determinadas concepções sobre os processos de desenvolvimento
e aprendizagem do ser humano e do papel da educação. Já que o educador precisa
se apropriar do conhecimento de mundo que cada indivíduo traz consigo, podendo
servir como um interessante indicador daquilo que ele precisa saber, ou seja,
das informações que necessita para embasar seu trabalho junto às crianças,
servem como ponto de partida para as ações que visam a formação e o
aperfeiçoamento do trabalho docente.
Pois como
dizia Santo Agostino:
“É no convívio em sociedade que o homem torna-se
cada vez mais pessoa. Na concepção agostiniana, existe uma espécie de homem
interior e exterior. O santo pastor descreve que o homem interior seria aquele
que transparece no que se tem realmente de humano. No íntimo do ser há o
encontro da pessoa consigo mesma e com Deus. O homem exterior é representado
por aquilo que se assemelha aos impulsos e instinto dos animais”.(Santo
Agostino de Hipona, 354-430)
Tomar
como ponto de partida o conhecimento que o educador já tem para ajudá-lo na
construção de novos conhecimentos, é também uma maneira de sermos coerentes com
as práticas progressistas que se pretende implantar na sala de aula. Em outras
palavras, se pretendemos que os professores valorizem, respeitem e ampliem o
conhecimento que as crianças já possuem (ao ingressarem na escola ou no
aprendizado de quaisquer conteúdos), que formem indivíduos confiantes,
críticos, autônomos e reflexivos, que estabeleçam uma relação democrática com
as crianças, que entendam que o erro é uma hipótese de conhecimento e, portanto
um caminho necessário para aprender etc.,devemos fazer o mesmo em relação ao
processo de aprendizagem do professor. “Só na convicção do inacabado pode encontrar o
homem e as sociedades o sentido da esperança. Quem se julga acabado está
morto.” (Paulo Freire, 1921-1997)
Por Paulo Freire o
ser humano é também entendido como um ser que se faz, em suas relações no
mundo, com o mundo e com os outros, pelo trabalho livre, graças ao
exercício de sua condição de ser curioso/crítico/criativo. Faz parte da condição
de quem existe tornar-se continuamente para ser mais.,
afinal de contas,afirma Freire, “Não nasci... Vim me tornando”
Resumidamente
resta dizer que a sociedade é fruto da natureza do homem, aliada à participação
da vontade e inteligência humana. Necessita para existir, de convivência
pacífica de seus membros que só se faz possível mediante a implementação de
normas sociais. Também vai estabelecer deveres e limites de atuação de cada
cidadão. Na concepção Agostiniana, Santo Agostino afirma que: “ O ser humano é
portador de uma alma imortal, esta é responsável pelo governo das faculdades
humanas”.
Referências:
A Origem
Da Singularidade Do Ser Humano. Análise Das Hipóteses De Educadores À Luz Da
Perspectiva De Vygotsky.
http://www.educacaoonline.pro.br/ a_origem_da_singularidade.asp?f_id_artigo=297
http://www.educacaoonline.pro.br/ a_origem_da_singularidade.asp?f_id_artigo=297
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